Traços biográficos

     

Filho de cidade grande

Enamorado

Salto mortal

Fascínio pela natureza

Nada é demais para o engenheiro


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mailto Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstattr, 24.06.2000

Salto mortal

Na noite de 09 para 10 de maio de 1955, em horas de insônia, configura-se a decisão definitiva: Mario decide ser Irmão de Maria.
Mas outros saltos mortais serão exigidos dele. Sua mãe está com um câncer nos pulmões. Nem o pai e nem o irmão mais velho estavam preparados para este diagnóstico e não têm condições para tratarem da mãe. Mario então vê-se confrontado com essa realidade: como engenheiro de 25 anos cumprir o dever no dia-a-dia de sua profissão, cuidar da própria mãe, arranjar bombas de oxigênio, manter contato com os médicos e dar apoio ao próprio pai que não domina a situação. Ele experimenta uma alegria muito grande, quando sua mãe concorda em receber os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. Durante 24 anos, ela carregava consigo uma grande culpa e, por isso, não frequentava os Sacramentos. Libertada disso e com a alma aliviada, faleceu em princípios de agosto de 1956.
Nesse tempo, Mario fazia parte de um grupo de nove jovens que se interessavam pelos Irmãos de Maria. Havia grandes diferenças entre os membros do grupo a respeito do estilo de vida. O sacerdote que assessora o grupo não tem idéias precisas sobre o que venha a ser um Instituto Secular de homens, e quando trata-se de uma decisão definitiva de quem iria ao Brasil para receber a formação como Irmão de Maria, um só arruma suas malas: Mario.
No Brasil, ele fica inserido na fase de fundação da comunidade e, como único sul-americano, vive entre alemães. Mentalidades diferentes e dificuldades lingüísticas caracterizam essa primeira etapa. Aos poucos, porém, Mario cresce, penetra sempre mais em sua "nova família" e aprende a estimá-la e amá-la.
Volta para o Chile no começo de 1960 e logo é confrontado com um novo salto mortal: Existe a possibilidade de voltar ao seu antigo emprego, muito bem conceituado e remunerado, horários de trabalho bem regulares e outras vantagens mais. Mario, entretanto, decide-se por uma cadeira de docente na Universidade, com salário muito inferior, menos estima, tempo de trabalho que o absorve totalmente, etc. Seu desejo é, como docente de estilo cristão, estar junto dos alunos estudantes, em termos profissionais e humanos.
Por suas numerosas decisões, iluminadas somente pela luz da fé (saltos mortais), Mario possui algo a transmitir aos que o cercam. Abrigado nas mãos paternais de Deus, tranqüilo, irradiando profunda alegria é capaz de servir desprendidamente a seu próximo.

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