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Uma mãe forte

A ponta dos dedos na túnica de Cristo

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mailto Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstatt, 24.06.2000

Uma mãe forte

"Uma Mãe tão vigorosa e forte como Tu, pode muito bem segurar dois filhos ao mesmo tempo, um em cada braço. ... No esquerdo, seguras o Menino Jesus, e nos pedes que nos deixemos segurar por Ti, com teu braço direito. E assim, quem está em teus braços, terá abrigo em teu Reino de amor maternal, terá conquistado também o Reino de teu Filho ..." (27.05.1958)
Em muitas formulações de Mario sobre sua mãe e a Mãe de Deus, constata-se uma sensível semelhança. O modo como fala em seu diário com sua "Madrecita", testemunha uma relação muito natural com ela, como com a mãe corporal. Esta relação particular não lhe veio do nada. No dia 27.12.1956, Mario escreve em seu diário:
"Madrecita, sem dúvida eu Te compreendi intuitivamente, através dela, e, graças ao amor que ela tinha por mim e que eu lhe consagrava, foi-me perfeitamente natural amar-Te também com a mesma intimidade, serenidade e respeito que havia em meu relacionamento com ela. ... em muitíssimas coisas, ela foi um excelente reflexo de tuas perfeições."
Pouco adiante, conscientiza-se que não pretende glorificar as recordações de sua mãe – há pouco falecida. Conhecia muito bem suas fragilidades. Somente o fato de que não foi ela que o introduziu à fé, pesa muito. É bem possível que, se não tivesse conhecido Schoenstatt, teria levado uma vida burguesa, cômoda e sem maior expressão de fé.
Apesar disso: por seu modo de ser, feminino e maternal, com que ela se relacionava com os filhos e o esposo – desprendida de si mesma, conservando unida a família e direcionando tudo com brandura – fundamentou em Mario o amor à Mãe de Deus. Foi um grande presente para a evolução de sua fé.
Acontece que, em geral, conscientizamo-nos destas coisas somente quando perdemos as pessoas que nos foram importantes. O que aconteceu com Mario, quando perdeu sua mãe, aos 25 anos de idade, seja para nós um estímulo a apreciar tais presentes e expressar nossa gratidão para com os que tanto nos amam – se possível, ainda antes de morrer.

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